Subsolo - Masmorras

Um local localizado abaixo da terra, utilizada mais antigamente para prisões e torturas, atualmente, a existência desse local foi esquecida por todos, exceto pela Raikage.
Logo ao entrar, um cheiro forte é sentido, de algo que apodreceu, descendo mais um pouco, se vê sangue espalhado por todo o chão, o deixando quase vermelho por completo, no ponto mais baixo, se vê várias celas e equipamentos de tortura, dentro das celas, existem corpos necrosados, e, alguns, ainda vivos, clamando por piedade. É o local de "diversão" e "tranquilidade" da Raikage.

Rie parou em frente a uma parede, no térreo do prédio do Raikage, normal, a primeira vista, e a analisou.

- Aqui...

A garota pressionou a parede, em um local exato, e, a parede emitiu um som, se movimentando em seguida.

- E lá vamos nós...

Rie desceu o par de escadas em espiral que estava atrás da parede, chegando até o ponto mais baixo de toda a vila, as masmorras.

- Apenas quatro dias, e isso já está quase lotado, preciso me desfazer de alguns desses corpos logo.

Ao passar pelas celas, vários choros, e gritos de clemencia eram ouvidos pela garota, que apenas ria.

- Calem a boca, seus porcos imundos.

Na última cela, Rie escutou uma garota, que tinha uma aparência jovial e diferentemente dos outros, estava chorando, mas muito baixo.

- Você me parece uma pessoa que pode me trazer alguma diversão - Ela riu - Qual é o seu nome, menina?

A prisioneira ficou quieta, e encarou Rie, com um olhar neutro, que não dizia nada.

- ME RESPONDA! - Rie chutou o rosto da garota, com força, que continuou quieta, apenas observando Rie - Muito bem, vamos jogar duro então.

De dentro de seu bolso, Rie tirou um canivete afiado.

- Não consigo ver seu rosto, mas parece ser bem bonito - Disse, tocando os seus dedos no rosto da menina - Seria uma pena se eu usasse isso...e rasgasse ele todo...

A Raikage caminhava de um lado para o outro, ameaçando cortar a menina.

- Sabe... eu quase perdi meu rosto todo quando eu era pequena... Meus pais queriam me matar, jogando um ácido em mim - Falou com um tom sentimentalista, mas irônico - Mas estranhamente, aquela dor foi boa, eu me senti bem. Depois, mais tarde, eu matei um garoto, e me senti muito melhor. Mas, chega de falar de mim, vamos, me fale de você, não, melhor, me de motivos para não arranhar seu rosto inteiro, aqui, agora.

- Por...favor, não...

- Só isso, ha, decepcionante... - Rie riscou o rosto da menina com o canivete, formando um corte profundo, que, provavelmente não iria cicatrizar tão cedo - Viu? Essa dor, não é boa?

- Por...favor, por favor... - A menina começava a chorar

- Não, não está me comovendo, tente outra coisa - Ela continuava a riscar toda a cara de menina, até não conseguir escutar mais nenhum som dela - Oh...já? Como você é fraca...

Rie saiu da cela e tirou o pó que havia se alojado em suas roupas.

- Até mais, porcos imundos, amanhã venho novamente.

A Raikage saiu das masmorras, voltando aos seus afazeres.